Por Aléquison Gomes
“Quanta saudade dos pepinos, dos melões, das verduras, das cebolas e até dos alhos do Egito” resmungava o povo de Israel, que havia sido resgatado do Egito, onde eles eram escravizados, açoitados, humilhados e violentados, mas gostavam da comida.
Agora que estão a caminho da liberdade e a cada vez mais perto da chegada; começam estranhamente a fantasiar o que viveram no passado.
Lembram com pesar e paixão do tempo em que eram arrastados pelas ruas, eram bofeteados na cara e viviam para satisfazer a vaidade e a corrupção do grande Faraó. Isso aconteceu a milhares de anos atrás, a informação é proveniente de um texto bíblico mas retrata exatamente o quadro psicológico de muitos de nós.
"Os dias passados foram melhores" diz o tolo, se esforçando para acreditar na própria tolice enquanto tenta valorizar tempos em que o contexto, a percepção, os valores e tudo mais eram diferentes, o conhecimento limitado e se engolia qualquer coisa com deveras facilidade.
Mas, quando vem o bem e a calmaria não sabe como abraçá-los, e se escapam desejando as migalhas que deixaram pra trás, tentando amar os dias ruins que abriram feridas. Esse é o drama! E talvez, de todos os desafios, o mais difícil e perigoso é tentar libertar um povo que prefere a escravidão e a angustia! Se acostumou com o estalo do chicote, anseia por liberdade, mas quando ela vem clama pela cebola. Um povo com esse perfil, está condenado cometer os mesmos erros e acabar sofrendo tudo outra vez! Que Deus nos dê sabedoria, para que não seja assim entre nós.
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