quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Perguntei pelo seu marido e ela respondeu: graças a Deus está morto e enterrado!


No último final de semana, eu estava voltando de uma Comunidade, próxima á Capelinha, quando encontrei na estrada uma senhora de aproximadamente setenta anos de idade, que estava pedindo carona. Parei o carro, ela entrou e viemos conversando.

Ela começou a me falar de sua vida, disse que estava casada há mais de quarenta anos! Perguntei pelo seu marido e ela respondeu: graças a Deus está morto e enterrado!

Fiquei curioso, quis saber mais, então ela desabafou: é que o falecido tinha o hábito de colocá-la para baixo em todos os aspectos, e ela apreendeu a viveu como uma escrava inútil, que faz de tudo para agradar seu amo e em troca só colhe desprezo, indiferença e ingratidão.

Ela contava sobre ele e nitidamente em sua voz eu podia perceber o misto de alívio e agonia!

Alívio, porque tinha ficado livre de uma pessoa que a prendeu emocionalmente durante anos. Agonia, porque o tempo não volta mais para ela aproveitar sua juventude com alguém que pelo menos a quisesse bem!

A verdade, é que o homem disse pra ela quase todos os dias de sua vida, que ela era incapaz, feia e não prestava para nada. A senhora ouviu isso incessantemente, dia após dia e acabou se transformando exatamente naquilo que ele disse que ela era.

Isso acontece o tempo todo, não somente em relacionamentos, mas em outras áreas também. Você ouve tantas vezes que é um zero a esquerda, ou que tudo que faz não dar certo, que você acaba acreditando e adotando essas palavras de morte, como um modo de viver.

E o pior: se acostuma com isso! Vai morrendo lentamente, perdendo o ânimo, se arrastando pela vida, esperando pelo golpe de misericórdia, aprendendo a viver como zumbi, até o momento que resolve acordar, e ai, percebe que acordou tarde demais!

Aléquison Gomes 

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