Por Aléquison Gomes
Quando começamos o “Caminho” aqui em Capelinha, há alguns anos atrás; com muita frequência pessoas me perguntavam sobre o que pensávamos em relação a vários assuntos.
(aliás, perguntam até hoje)
Mas, um deles é quanto ao louvor nas reuniões! Bom, me parece que foi em 2009, que respondi a uma dessas perguntas sobre uma música que eu tinha ouvido em uma rádio gospel na época e fiz algumas observações.
01- A música que estava sendo executada naquele momento, pela pobreza dos seus arranjos e letra deveria durar no máximo três minutos, mas já passava dos doze desde que comecei a ouvir; repetindo incansavelmente o refrão e as falas no meio dela!
Algo tremendamente insuportável! Uma melancólica vã repetição!
E o cara que estava conduzindo isso insistia que as pessoas só “tocariam” o céu, se entrasse com ele naquela cantoria interminável!
02-Em alguns lugares o tempo que se gasta é de uma hora ininterrupta de línguas completamente estranhas e choros forçados levando o ouvinte a um surto psicótico ou a um esgotamento mental ao extremo no meio da reunião, enquanto o verdadeiro louvor deveria brotar espontaneamente do fruto dos lábios daqueles que confessam o Nome, não somente nas canções, mas principalmente na vida.
03-Tem muitas pessoas frequentando esses ambientes religiosos, achando que adorar a Deus, é apenas cantar com euforia. Por isso, até determinam as músicas que são para “adoração” ou para exaltação!
Como assim? Os músicos, falantes nos púlpito, estão forçando a barra. Tentam a qualquer custo arrancar lágrimas ou manifestações das pessoas. Ai, quando você está cansado, introspectivo, ou não está tão a fim de entrar na roda, você acaba sendo acusado de estar frio espiritualmente! Sendo que o que determina se existe adoração é somente aquilo que se faz em Espírito e em verdade. Isso não se consegue com histerias coletivas, gritarias, ou sentimentos de auto-vitimização diante de um púlpito. Saiba: Deus não está interessado em performances.
Não estou dizendo que sou contra o louvor em igrejas, de forma nenhuma! Cantar é muito bom. Cante, sempre que puder, inclusive nos cultos!
Só estou querendo fazer minhas, as palavras do Apóstolo Paulo que dizia: cantarei com meu espírito, mas cantarei também com meu entendimento! A pergunta que estou fazendo há anos é se de fato, o que temos feito nos ambientes de fé, tem gerado transformações interiores e consequentemente atitudes cristãs na vida das pessoas? Ou é só fogo de palha mesmo? É preciso tomar muito cuidado para que não se cumpra em nós, a profecia: “esse povo me honra com os lábios, mas seu coração está distante de mim”
Vem comigo, que no Caminho, tudo se explica...
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