Já passavam das sete e meia da noite quando cheguei ao local da reunião. Durante o dia estive distante dos preparatórios, por isso não tinha a menor idéia de quem estaria por lá. E muitas pessoas compareceram! Aliás; mais do que eu esperava. De longe, já dava para avistar as pessoas na porta do Galpão.
Conversavam, riam e aguardavam! Já dentro do ambiente; tudo pronto: as cadeiras arrumadas, o equipamento de som montado.
Conversavam, riam e aguardavam! Já dentro do ambiente; tudo pronto: as cadeiras arrumadas, o equipamento de som montado.
No jeito! Organizado, limpo e confortável.
Começamos cantando algumas canções e depois: a reflexão. As pessoas pareciam atentas, interessadas pelo que ouviam! Eu, lá da frente insistia em dizer que o Reino de Deus é um Reino de alegrias, afinal Jesus era um cara que gostava de relacionamentos com gente; na sua breve passagem como homem aqui na terra ele saia para comer com as pessoas e freqüentemente usava em suas mensagens comentários e figuras que comparavam Deus, a Reis festeiros!
Lembra daquela história do grande banquete, que Ele contou, para ilustrar uma de suas mensagens? Sim! Aquele Rei, que preparou uma grande festa, com um farto banquete e mandou seus empregados irem pelos becos e vielas da Cidade convidando todo tipo de ser humano para vir participar (Depois de ter seu convite negado pela Elite; aqueles á quem Ele havia convidado primeiro por meio de seus mensageiros).
E também, não bastasse às parábolas, Jesus deixou claro seu comprometimento com alegrias, quando se revelou fazendo o primeiro milagre justamente em uma festança e das boas, com direito até a transformar água em vinho para continuar a diversão!
É; não tem dúvida mesmo! Ele não abre mão de boas conversas, boas comidas e alegria à vontade. Chegou até a ganhar o apelido de amigo de “beberrões e prostitutas” apelido esse, dado pela liderança religiosa de seu tempo. Jesus era assim; companheiro de verdade. Bom amigo e tremendamente socializável!
Ao falar com Zaquel, (Aquele cara da árvore, que agora virou até hit musical); ao invés de convidá-lo para um encontro formal em um templo ou algo assim; já vai se oferecendo pra comer na casa do sujeito, que tinha uma fama nada recomendável na comunidade!
O Reino não é comida nem bebida, com certeza não. Mas Realmente está claro que o encontro com o Reino é envolvido de muita festa, regozijo e principalmente com o impacto avassalador do amor incondicional e a sensibilidade da compreensão! E é sobre tudo isso que eu refletia enquanto falava e observava aquela turma ali reunida em minha frente, dentro de um galpão nada parecido com um templo - igreja. As pessoas ali estavam espontaneamente, ninguém foi por obrigação!
Por isso tinham brilhos nos olhos, ouviam e comiam tudo aquilo que eu narrava sobre o evangelho. Sempre fico pensando na simplicidade de todas essas coisas!
O Caminho acontece nos grandes banquetes, ou em reuniões singelas, de gente cansada de viver dos próprios enganos. E entendeu que o fruto do evangelho traz bondade e justiça! As manifestações comunitárias desse entendimento não precisam acontecer em grandes catedrais, nem em templos de luxo!
Pode ser em qualquer lugar mesmo, incluindo Galpão de oficinas mecânicas; como foi nesse nosso encontro.
Isso pacifica a alma! Faz muito bem saber que fomos e estamos reconciliados com o Eterno definitivamente. E assim, com muita gratidão no coração e com muita esperança, terminamos a nossa reunião; reafirmando que o Reino traz festa e exultação pra alma e não luto ou julgamentos severos de ameaças do inferno.
Onde tem seguidores do Caminho; é assim mesmo que deve acontecer. O encontro humano é a parada para reforçar a consciência e se abastecer para seguir adiante, com olhar misericordioso, muita gratidão e boas expectativas no coração.
E assim o é! E só assim é que a caminhada faz sentido de verdade!
Aléquison Gomes
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